MIGRAÇÃO DE EMPRESAS:
MAIS EMPREGOS PARA AREAL
A Pif Paf (foto da matriz) paga apenas 0,35% de ICMS em sua unidade no Rio de Janeiro; empresas são seduzidas por impostos menores.Outra empresa que foi atraída também pelos impostos menores cobrados pelo Estado do Rio foi a Pif Paf. Em 2005, ela abriu um abatedouro no município fluminense de Areal, com investimen-tos de R$ 26 milhões e geração de 320 empregos. De acordo com a empresa, não houve incentivo fiscal, mas a prefeitura da cidade informa que foi concedida isenção total de IPTU e ISS para uma área de mais de 100 mil metros quadrados. Claudemir Donato Serighelli, gerente geral da Pif Paf em Areal, informa que o abate envolve 30 mil aves por dia, sendo 690 mil aves por mês. Objetivo da empresa é atender mercado do Rio de Janeiro e exportação, porque fica perto do porto de Sepetiba. "Em média são R$ 10 mil de isenção somente de IPTU", informa o chefe de gabinete da prefeitura de Areal Roberto Zimbrão. Quanto ao ICMS, a alíquota caiu de 7% em Minas sobre receita para 0,35%. A Pif Paf tem planta em Visconde do Rio Branco, Viçosa, Leopoldina, Patrocínio, Itabirito e outros incubatórios em Pará deMinas. "Eles (o governo de Minas) sabem de tudo isto que os empresários falam. Nada é segredo e se a gente ficar só chorando, não chega a lugar nenhum", reclama Francisco Campolina, presidente da Fiemg regional Zona da Mata. Para ele, a guerra fiscal é declarada entre Minas e os Estados vizinhos (Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás). "Nós estamos na divisa e estamos sofrendo abruptamente diante de um ICMS da indústria dentro de Minas de 12% e 18% e contra 2% cobrados nas 32 cidades fluminenses limítrofes com Juiz de Fora", denuncia.