PARAÍBA DO SUL:
O GUIARONI QUE EU VÍ
Ghiaroni trabalhou no antigo Cinema Íris, na década de 30, fazendo parte de uma equipe onde se destacava o Laudelino da Silva Santos, 85 (foto) tradicional figura da sociedade que recebeu a reportagem de “Relatos & Rumores” em sua casa da rua Saldanha Marinho, 31. Laudelino contou que, por longos anos, fez parte do círculo de relações de Ghiaroni. Estudaram no antigo Colégio "Andrade Figueira", na fase em que funcionava no antigo Grande Hotel. ---“Daquela turma do cinema Iris, ---disse nosso informante --- faziam parte ainda o Izaltino, o “Tindá” e até o José Romero Gamboa que, mais tarde, foi prefeito e deputado estadual”. O velho Nicolau Visconti (cujo filho faleceu recentemente) era o proprietário do cinema, que tinha como bilheteira a Itália Ciodaro e porteiro Joaquim Reginaldo. Já revelando qualidades intelectuais, Ghiaroni era encarregado de escrever nas tabuletas os nomes dos filmes. Elas eram distribuidas nas esquinas, para conhecimento da população. Nosso entrevistado confirmou que Ghiaroni trabalhou como ferreiro na oficina do próprio pai, ali na rua Marechal Floriano onde, atualmente, mora o sr. Geraldo Rocha. Depois, na Cerâmica D’Ângelo e ainda numa loja que ele não lembra o nome. Contou, também que, na década de 40, ele e Ghiaroni foram para o Rio. O escritor foi morar com a mãe Miquelina e as irmãs na rua Almirante Cockrane, na Tijuca. Começou trabalhando no O Jornal, dos Diários Associados, na rua Sacadura Cabral. Era encarregado da produção do suplemento e quadros de aventuras. A Rádio Nacional, ainda incipiente, surgiria através da amizade com os irmãos Armando e Floriano Faissal. Lá chegaria ao topo da carreira, produzindo novelas e programas de expressão nacional como “Flavio Cavalcanti”, "Manoel Barcelos", "Paulo Gracindo", além de programas musicais como o do cantor Orlando Silva. Uma impressionante produção de poesias tomava seu tempo até alta madrugada. Homem de comportamento simples, seu amor a Paraíba do Sul, ficou patenteado com suas visitas constantes, onde ficava reunido com amigos e contemporâneos em longos papos no bar do Sr Mario Pinto. Toda esta trajetória profissional, o próprio Ghiaroni confirmaria em entrevista levada a efeito na própria Rádio Nacional. De uma coisa a atual geração deve ficar sabendo que esse saudoso sul-paraibano ocupou lugar de destaque numa emissora de rádio que, naquela epóca, era uma espécie de TV Globo dos dias atuais. Deixa para a história uma obra verdadeiramente magistral.
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