RELATOS & RUMORES

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O que fazer com o óleo?
Beber muito suco de uva é o que os médicos recomendam às pessoas que têm má circulação sanguínea, pois a fruta purifica o sangue. E a gordura, proveniente do óleo de fritura, está entre os principais causadores da obstrução arterial. O que acontece em Petrópolis e em outras cidades não é muito diferente do que ocorre com o corpo humano. No caso, os vasos sanguíneos são equivalentes às tubulações de esgoto, pois todo o óleo despejado ralo abaixo também obstrui o sistema sanitário. Porém, nesse contexto, nem mesmo todas as uvas cultivadas no Rio Grande do Sul resolveriam o problema. Contudo, o entupimento das artérias sanguíneas e do sistema de esgoto está longe de ser o único prejuízo causado pelo óleo de cozinha. O produto tem um grande potencial de contaminação. "Quando despejado pelo ralo, o óleo de fritura chega à rede de esgoto e é lançado no mar ou nos rios. O problema é que o óleo é menos denso que a água e ele se espalha pela superfície com muita facilidade. Basta ver que apenas um litro de óleo é suficiente para contaminar até um milhão de litros de água, impedindo a passagem de luz solar na água, além de prejudicar a oxigenação das plantas aquáticas e afetar todo o seu ecossistema Portanto, cada litro de óleo recuperado equivale a milhares de litros de água preservada", explica Stefan Klaos Lins, químico especializado em meio ambiente. Para ele, a solução está na conscientização das pessoas quanto à importância da preservação ambiental, pois diversas entidades possuem projetos de reaproveitamento de óleo utilizado e, até mesmo, os governos Federal e Estadual já criaram leis que regulamentam o assunto. Em Petrópolis, já existe um importante trabalho de reaproveitamento do óleo de cozinha, e a coleta é realizada com sucesso pelo Colégio Bom Jesus que deu início a um projeto de grande alcance para a proteção do ecossistema da cidade. Sua direção criou, há tempos, o Projeto Reciclagem, que continua a pleno vapor. O material é destinado ao Gaape – Grupo dos Amigos dos Autistas de Petrópolis, que produz com ele o sabão ecológico através de processo químico.

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