GHIARONE: HOMENAGEM PÓSTUMA

Inegavelmente que a grande matéria dessa semana, será sobre as homenagens póstumas dirigidas ao querido filho de Paraíba do Sul, Giusepe Ghiaroni. O mais famoso intelectual dos últimos tempos (o outro foi seu tio Agripino Griecco) foi para o Rio na década de 40, para se con-sagrar definitivamente na condição de maior diretor, produtor, novelista, criador de programas de auditórios que ficaram famosos e alavancaram definitivamente o nome da antiga Rádio Nacio-nal que, antes da televisão, exercia o papel que hoje é reservado para a TV Globo. Para que seja entendida toda a extensão e o valor de sua obra, ainda serão necessárias inúmeras pesquisas, já que tendo sido um homem despojado de vaidades, ficava sempre na retaguarda para que os per-sonagens que criava pudessem ter seus nomes cantados em verso e prosa por todo o país, caso de Paulo Gracindo, Flávio Cavalcanti, Manoel Barcelos, Cesar de Alencar e tantos outros. Além de todo o trabalho redatorial que lhe consumia enorme número de horas, ainda conseguia produ-zir notáveis poesias que, musicadas ou não, serão cantadas em verso e prosa por esta e pelas próximas gerações. Suas filhas Marina e Regina, estão chegando do Rio, trazendo na bagagem as cinzas do grande imortal, para serem depositadas no mausoleu da família do Cemitério Doutor Leopoldo. A primeira cerimônia será às 10 horas, no auditório da prefeitura. Na semana passa-da, entrevistamos outro antigo sulparaibano, Laudelino dos Santos, que lembrou de várias passa-gens dos tempos em que trabalharam no antigo Cinema Iris, de propriedade do senhor Nicolau Visconti, integrante de uma colônia italiana que se radicou na cidade, da qual faziam parte diver-sas famílias como os Terzella, Ciodaro, Cerutti, Zanella, Damiéri, Médici e outras. Tudo aquilo que se disser para exaltar o grande poeta, será pouco. De uma coisa ninguém pode negar: Giiusepe Ghiaroni, foi o grande ícone da cultura sulparaibana.